CITAÇÕES

Lenio foi um artista bastante atuante no movimento que se costuma chamar de Vanguarda Baiana. Por conta disso, é possível encontrar várias citações sobre sua obra e até fatos curiosos da sua vida em diversos livros, revistas, artigos e trabalhos acadêmicos.

– Um achado recente foi esse artigo de uma revista italiana de arquitetura de janeiro de 2016. A revista se chama Ananke e o artigo é sobre o trabalho do arquiteto Katsuki na Capela do Menino Jesus em Itapetinga-BA (Edição 77, p. 95-99). Clique aqui para acessar.

 

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– Na revista online Tempo e Argumento foi encontrado o artigo de autoria de Maria Antonieta Antonacci intitulado “ÁFRICA/BRASIL: corpos, tempos e histórias silenciadas” (Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 46 – 67, jan./jun. 2009) onde o painel da rodoviária de Feira de Santana é citado. Clique aqui para acessar.

 

– O nome de Lenio Braga também aparece em uma citação de um livro de Mestre Didi de 1988 que está na dissertação de Thiago dos Santos Molina intitulada “Relevância da dimensão cultural na escolarização de crianças negras”. A citação é seguinte:

Continuando e aumentando a tradição de Aninha, Mãe Senhora soube receber e reunir no Opô Afonjá personalidades eminentes da vida intelectual brasileira, sobretudo a baiana, ligando o terreiro aos cientistas, escritores e artistas, e colocando-os em contato com a cultura popular viva e sempre crescente em nossa casa de orixá. Entre as pessoas que tem postos na hierarquia do terreiro encontram-se nomes como o de Jorge Amado, Pierre Verger, Carybé, Vasconceslos Maia, Antônio de Olinto, Moysés Alves, Vivaldo e Sinval Costa Lima, Zora Seljan, Zélia Amado, Lênio Braga, Rubem Valentim. [outro parágrafo] Teve Mãe Senhora sua mão na cabeça do poeta Vinícius de Moraes, do etnógrafo Édison Carneiro, do compositor Dorival Caymmi, do cantor João Gilberto, dos escultores Mário Cravo e Mirabeau Sampaio, do escritor James Amado, do pintor Jenner Augusto, da atriz Beatriz Costa, dos ensaístas Clarival Prado Valadares e Waldeloir Rêgo, dos professores Rui Antunes, Paulo e Dóris Loureiro, Milton Santos, Ramiro Porto Alegra, Heron de Alencar do Dr. Eugênio Antunes, do editor Diaulas Riedel, das senhoras Olga Bianchi, Suzanaa Rodrigues e Laís Antunes, do professor da Sorbonne Roger Bastide, de Jean-Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, da antropóloga Juana Elbein, para citar só aqueles que a memória me lembra. […] Tendo Sartre declarado, depois, ter poucas vezes encontrado pessoa de tão grande sabedoria de vida” (SANTOS, D., 1988, p. 27-28).

 Ela está na página 81 da dissertação citada e pode ser acessada aqui.

 

– O entrevistado dessa reportagem do Jornal A Tarde (10 nov 2009) sobre design, Renato da Silveira, afirma que o trabalho de Lenio é uma referência para a produção de cartazes:

Entrevistador: Em alguns cartazes, mais que informação que chega ao público via imagem, há uma criação artística que também informa. Qual o marco dessa abertura no cartaz baiano?

Renato: Veio principalmente com o trabalho de Lenio Braga e de Jacques Kalbourian no final dos anos 60 e começo dos 70. Até então, o cartaz aparecia nos bondes, como se vê nas fotografias de Verger, e era comercial, com vinhetas inexpressivas. Lenio, ilustrador, e Jacques, fotógrafo, inauguraram aqui o cartaz moderno. As peças em sua maioria eram justamente para divulgar expressões artísticas, como teatro e festivais.

cartazes e musica

 

– O trabalho de ilustração de Lenio Braga para o livro de Mestre Didi, Por que Oxalá usa ekodidé (1966),  é citado na dissertação de mestrado de Nadir Nóbrega de Oliveira (UFBA, 2006). A cópia completa do livro está no anexo III do trabalho, começando na página 167, e pode ser acessada aqui.

 

– Muito interessante o artigo de Dilson Rodrigues Midlej intitulado Ressignificações do classicismo em três artistas baianos (ANPAP, 2016) que trata da apropriação de imagens de autores históricos para a criação de novas obras. Vale a pena a leitura, acesse aqui.

Segue o resumos do artigo:

O artigo enfoca algumas problemáticas da apropriação de imagens da história da arte, entende esse fenômeno como um procedimento teórico-operacional e componente estruturante da cultura visual e da história das imagens, por meio de conhecimentos germinados por Aby Warburg, Georges Didi-Huberman e Hubert Damisch. Aponta a proximidade semântica entre “apropriação” e “ressignificação”, comenta as apropriações de temas clássicos em pintura e gravura na década de 1960 pelos expoentes da segunda geração modernista na Bahia, Lenio Braga e Hansen Bahia, e do pintor baiano Anderson Santos, em 2001. Compara as obras de influência clássica dos três artistas, considerando suas intencionalidades, relações entre as imagens-fontes e as produções recentes do final dos anos 1960, no caso dos dois primeiros, e em 2001, no caso de Anderson Santos.

 

– Olímpio Pinheiro Santana faz uma detalhada análise do quadro A Curra de Lenio no seu artigo intitulado O Barroco e o Moderno: a materialização do conhecimento das artes visuais (Art Sensorium, 2016). Vale a leitura. Acesse clicando aqui.

Resumo:

Este artigo investiga a importância do domínio técnico e teórico das artes visuais, com ênfase na pintura, a partir da observação do legado dos grandes mestres. O trabalho propõe aperfeiçoar a experiência estética na modernidade através da leitura de obras de arte, começando pela detalhada análise de uma tela do pintor barroco francês Simon Vouet. Em sequência há uma análise comparativa e crítica deste pintor e Rubens. Do artista plástico brasileiro Lênio Braga analisamos uma escultura e uma releitura de Rubens. Destacamos a importância de Goya e Rembrandt para a arte moderna e a influência deste pintor holandês e do cinema de Eisenstein no trabalho de Francis Bacon. Em sua diversidade, as imagens selecionadas expressam contextos em que há luta, opressão, beleza, espiritualidade e, nessa medida, instigam-nos uma reflexão crítica cujas referências fundamentais são a própria arte como forma de conhecimento e a ética.

 

– No artigo Arquitetura brutalista na Bahia: levantamento e análise crítica (Nivaldo Vieira de Andrade Junior e outros, 2013) são mencionados os trabalhos artísticos que Lenio realizou em diversas rodoviárias do estado. Acesse aqui.

Trecho do resumo:

A arquitetura brutalista produzida na Bahia nas décadas de 1960 e 1970 se caracteriza pela adoção, na maior parte das obras, de estruturas em concreto, expressivas do ponto de vista formal e complementadas por calhas, gárgulas e outros elementos salientes no mesmo material. Entretanto, os fechamentos ocorrem, em muitos casos, com tijolos deixados sem reboco ou pintura, e em alguns projetos como o do Centro de Educação Tecnológica da Bahia, em Simões Filho, de autoria de Pasqualino Magnavita e construído em 1978, são adotadas abóbadas catalãs, com os tijolos deixados aparentes. É notável ainda a presença de painéis, murais e outras obras de arte integrada assinadas pelos mais importantes artistas plásticos baianos, como Carybé, Mário Cravo Junior, Jenner Augusto, Carlos Bastos e Juarez Paraíso, ou mesmo forasteiros, como o paranaense Lênio Braga.

 

– No Anuario da Escola de Arte e Superior de Deseño Antonio Faílde, 2010, aparece a seguinte citação (p. 23):

Artista plástico, fotografo e designer, o paranaense Lênio Braga viveu na Bahia ente os anos de 1952 e 1968. Apaixonado por nossa cultura pesquisou e realizou aqui diversos trabalhos de vulto, como uma capela de pedra esculpida na cidade de Itapetinga, um grande mural para a entrada de um edifício residencial no Corredor da Vitória, em Salvador, quadros e painéis em azulejo queimado para as estações rodoviárias das cidades de Jequié, Itabuna e Feira de Santana encomendados pelo então governador Lomanto Júnior. Criativo e refinado em seus projetos gráfico, Lênio criou uma infinidade de cartazes que se destacam pelo uso habilidoso das técnicas de litografia e de gravura em metal.

O trecho faz parte do artigo intitulado Design na “Terra da Felicidade” de autoria de Marcus Vinícius de Souza Santos. Conheça o material completo clicando aqui.

 

– Na revista eletrônica Légua & Meia da Universidade Estadual de Feira de Santana (v.1, n.1, 2002) encontramos esse artigo do Prof. Rubens Alves Pereira que faz uma análise minuciosa do painel da rodoviária da cidade. Vale a pena dar uma lida clicando aqui. Segue o resumo do artigo:

Em 10 de janeiro de 1977, por um decreto municipal, foi extinta a Feira-Livre que se estendia pela principal avenida, a Getúlio Vargas, e ruas e praças do centro de Feira de Santana, cidade que traz no nome e na própria origem a marca desse tradicional comércio de rua. Quando extinta, já se caracterizava como uma das maiores feiras livres do interior do Nordeste, atraindo milhares de pessoas da zona rural e das mais diversas cidades da região, com seus comerciantes, lavradores, vaqueiros, cordelistas, cantadores, biscateiros, donas-de-casa e um sem-número de tipos populares que faziam daquela grande feira um evento único não apenas em termos comerciais, como também na articulação de uma dinâmica sociocultural das mais ricas e complexas no universo popular. Lênio Braga, sensível a essa realidade, busca sobretudo no espírito da feira livre a variedade de tipos e textos, de tratos e trocas que irão alimentar os vastos registros culturais e os diversos regimes expressivos e simbólicos do seu mural.

 

– No livro Um Recôncavo de possibilidades organizado por Alene Lins e Marcos Olegário Matos (Editora da UFRB, 2016) encontramos mais um artigo de Dilson Midlej (p. 51-65), este intitulado Tradição e Apropriação de imagem na arte contemporânea. Vale a pena conhecer. Clique aqui para acessar o livro completo.

 

– Nesse link você pode acessar a íntegra da tese de doutorado de Dilson Rodrigues Midlej onde aparecem diversas citações sobre obras de Lenio Braga. O trabalho se intitula “Apropriação de Imagens nas Artes Visuais no Brasil e na Bahia”.

 

– Mais um artigo de Nivaldo Vieira de Andrade Júnior, esse em parceria com Maria Rosa de Carvalho Andrade e Raquel Neimann da Cunha Freire, intitulado “AVANT-GARDE NA BAHIA:
Urbanismo, arquitetura e artes plásticas em Salvador nas décadas de 1940 a 1960” e cita algumas obras de Lenio nas rodoviárias do interior baiano. Pode ser acessado aqui!

 

– Também de Nivaldo Vieira de Andrade Júnior é o artigo intitulado “Moderna e regional, corbusiana e artesanal: a Capela do Menino Jesus em Itapetinga” que pode ser acessado aqui!